Existe uma frase atribuída a Sigmund Freud, criador da psicanalise que diz, “Quando Pedro me fala de Paulo, sei mais de Pedro do que de Paulo”.
Muitas vezes aquilo que tanto incomoda no outro pode ter relação com uma característica que a pessoa também possui, mas não aprova e nem sempre enxerga.
Se aquilo não tivesse nada a ver com as minhas dificuldades, não incomodaria, eu nem perceberia.
A forma como encaramos a atitude e o comportamento dos outros tem ligação com o que pensamos acerca de nós mesmos.
Quando o outro está me afetando de maneira bastante significativa, pode ser que ele esteja interferindo na ideia central que tenho de mim mesmo.
Uma pessoa também é capaz de nos perturbar quando nos provoca de algum modo. Às vezes, o outro me incomoda porque é melhor do que eu, por exemplo. E eu não quero melhorar, estou acomodado.
Apesar do outro servir com frequência de espelho, refletindo quem somos e o que pensamos do mundo, nem tudo que vemos é a nossa própria imagem. Aspectos que repudiamos também aparecem e causam revolta. O outro também pode me incomodar porque vai contra uma série de valores que prezo.
Devemos estar atentos ao que falamos e pensamos dos outros. Sempre cabe a reflexão do porquê aquela pessoa nos incomoda, em que ela nos atrai ou repele, o que admiramos nela ou invejamos.
A visão que temos de alguém, é sempre limitada, por essa razão, nenhum julgamento deveria ser definitivo. Tenho compromisso com o que estou vendo, mas também com a limitação do que estou vendo.