Não Espero pelo Epitáfio é uma obra que busca dar cor a nossa vida para que ela se realize aqui e não almeje o sonho ou a metafísica.
Torna-se cada vez mais iminente a necessidade de pensar o novo e mais do que isso, de pensar de uma nova forma o mundo que se apresente a cada dia, um.
Este livro tem como premissa nos ajudar em algo que parece óbvio, mas muitas vezes, sem que percebamos, ficamos parados no mesmo lugar. Ele provoca a curiosidade e aborda questionamentos comuns ao humano contemporâneo.
Construído com pensamentos filosóficos sobre temas presentes no cotidiano da vida, este livro estimula os sentidos e induz à tomada de atitude positiva no desejo de se encontrar a cada dia.
Quantas coisas nós deixamos de fazer porque julgamos não termos tempo, porque não é de nosso interesse, ou simplesmente porque não nos diz respeito?
O livro está dividido em pequenos capítulos em que o autor mescla conhecimentos filosóficos gregos, italianos, orientais, passagens bíblicas, literatura e música popular entre outras e diversas fontes, sinalizando que podemos pensar a partir de diversas perspectivas e tudo serve de ponto de partida para o aprendizado.
Tudo de uma forma leve e descontraída, que deixa o leitor à vontade e intrigado para perguntar a si mesmo sobre vários aspectos da vida.
Como não poderia ser diferente, Mario Sergio Cortella conduz seus textos de forma impecável e em vários momentos com uma certa dose de bom humor e quase sempre carregadas de referências filosóficas que nos ajudam a pensar.
Não Espere pelo Epitáfio, com diversos e breves capítulos, o livro faz uma série de reflexões em relação a vida e como ela se mostra no mundo contemporâneo, levando sempre em conta uma ideia de que é preciso, de nossa parte, alguma intervenção, ação ou proatividade para que tudo saia do campo do “mesmo” para o mundo da mudança.
Em alguns textos nos deparamos com temas corporativos ou educacionais. E mesmo estes, que são assuntos teoricamente complexos, o autor consegue manter sua mesma linha narrativa um tanto característica: a linguagem acessível.
As premissas do autor são que as respostas se encontram dentro de cada indivíduo, toda sabedoria e poder está latente. Além disso, as grandes ferramentas para acessar o poder e a sabedoria são o autoconhecimento e o questionamento.
O primeiro capítulo é o que dá nome ao livro: Não espere pelo epitáfio. Esclarecendo a palavra, epitáfio são as palavras gravadas na lápide do túmulo. Muitas vezes, palavras de pesar sobre o que poderia ter sido ou feito em vida, porém, por medo ou diversos motivos não foram realizados.
Em diversos momentos da vida, chegamos a um ponto em que precisamos marcadamente tomar uma decisão e, politicamente, escolher o que queremos e a vida que buscamos. Todas essas decisões partem da posição básica de alinharmo-nos a pensamentos sobre vida e morte, política e religião, amizade e amor. O que escolhemos é, no fim das contas, o que determina nossa ética e nossa trajetória.
Cortella traz uma interpretação do caminho do meio, termo cunhado no budismo, que no sentido original dos ensinamentos está longe de ser omisso diante da vida, e sim consciente de todas as escolhas, mais ou menos radicais. No fundo, traduz de forma diferente a essência.